Mesmo diante da curva crescente de casos e com mais de 80 mil mortes pela COVID-19 no país, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo organizaram o retorno de seus campeonatos estaduais de futebol, marcando a volta do esporte no Brasil após mais de três meses de paralisação. Para os entrevistados em uma pesquisa da Toluna, a volta da competição aconteceu muito cedo e passa a mensagem de descuido dos governos com a população.
Entre os dias 7 a 10 de julho, a Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, entrevistou 634 pessoas de todas as regiões do Brasil. A maioria dos consultados (77%) considera a volta dos Campeonatos Carioca, no dia 18 de junho, ocorreu cedo demais, e que os organizadores deveriam esperar mais tempo para o retorno das atividades. Com relação ao Campeonato Paulista, que reestreia nesta quarta-feira, dia 22, a reprovação é de 68%.
A realização de jogos com presença das torcidas nos estádios apresenta uma rejeição ainda maior: 86% dos entrevistados é contra a medida. Entre os torcedores que têm o hábito de frequentar estádios, 58% responderam que não irão ao campo este ano; já 18% desse universo afirma que voltará a comprar seu ingresso assim que a medida for autorizada.
A agenda dos campeonatos também é motivo de preocupação, já que alguns estaduais ainda estarão em andamento quando o Brasileirão e a Copa do Brasil voltarem. Na opinião de 51% dos entrevistados, os torneios estaduais deveriam ser cancelados para priorizar competições nacionais.
Entre as medidas de prevenção contra a transmissão do novo coronavírus, o maior apoio vai para jogos sem torcidas nos estádios (79%); na sequência aparece a realização de testes e isolamento de atletas (52%); testes em todos os profissionais envolvidos nos eventos (46%); e proibição de contato físico na comemoração dos gols (44%).
Essa pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 10 de julho, com 634 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.
(Foto ilustrativa: reprodução/divulgação)
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