O poeta mocoquense e membro da Academia Riberopretana de Letras, Antonio Ventura (foto), lançou na terça-feira, 12, na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional (foto), na Avenida Paulista, em São Paulo, o seu novo livro “O Guardador de Abismos”.
O autor autografou o livro, conversou com o público presente, declamou poemas e atendeu dezenas de fãs de literatura, entre eles, os alunos da EE “Jd. Diva Tarlá de Carvalho”, de Ribeirão Preto, que foram conduzidos pela professora e presidente da Casa do Poeta de Ribeirão Preto, Maris Ester Souza.
Prestigiaram a sessão de autógrafos, o poeta e jornalista da Jovem Pan, Álvaro Alves de Faria; a poeta Raquel Naveira; o curador da Quinta Poética da Casa das Rosas, em São Paulo, Paulo Sposati Ortiz; a apresentadora do programa “Ponto e Vírgula”, da TVRP, Irene Coimbra, dentre outros.
Também foram anotadas as presenças do presidente da Associação Paulista de Magistrados, a Apamagis, Jaymes Martins de Oliveira Neto; e da presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo, Yvone Barreiros Moreira.
Os jornalistas Jarbas Cunha, representando o deputado estadual, Welson Gasparini; Patrícia Cicarelli; Sylvia Leite; e Juliana Diógenes, de “O Estado de S. Paulo”; também prestigiaram o evento (ver fotos, na Galeria de Fotos).
“O criador que é lido” - Editado pela Topbooks, “O Guardador de Abismos” reúne cerca de 90 textos, entre crônicas, contos, poemas em prosa e prosa poética, em que o autor navega com mestria pelos meandros da palavra e linguagem.
No prefácio ao livro, Carlos Nejar, poeta, ficcionista, crítico e membro da Academia Brasileira de Letras, salienta: “Antonio Ventura não é um poeta a mais, entre tantos. Mas o criador que é lido, na medida em que lê o mundo. E inventar é ver por dentro do verso. E sua obra repete, porque inventa. Pensa imaginando. De catador de palavras, passou ao ofício de guardador de abismos. O primeiro movimento era de fora para dentro, agora é de dentro para fora. Antes plantou, agora aprofunda e depura o que plantou. Afirma num fulgurante texto, um dos mais belos do livro: “Ainda hoje passarei por cima dos peixes”. O poeta, aqui pesca, molhando os pés dos signos. Nada é fácil, já que “o destino da nuvem é ser livre dentro de seus limites”. E o limite da nuvem é o voo. E o do voo, a leveza da palavra, a suficiente inocência de arrebatar da lei da gravidade. Amar é isso”.
“Comovente relato” – Já para o poeta, ensaísta, crítico literário e membro da Academia Brasileira de Letras, Antônio Carlos Secchin, “O guardador de abismos, de Antonio Ventura, é, no seu conjunto, um comovente relato dos encontros e desencontros de um homem com sua própria infância. As três partes da obra são atravessadas pelo mesmo sopro lírico, que transforma o poeta (ainda que em prosa) num ser tecido de água e vento. Na paisagem do passado, a imaginação líquida e gasosa de Ventura nos convida ao êxtase frente ao fluxo intérmino do pequeno rio, nos convoca à fruição auditiva e amorosa dos pingos da chuva no telhado, à contemplação das nuvens, sem esquecer o presente, traduzido nas vigorosas celebrações da amada, ou ainda o desencantado olhar ao futuro, num lamento em surdina diante das coisas que escapam a nosso controle e desejo”.
“Após o belo O catador de palavras (2011), O guardador de abismos é confirmação do talento – em verso & prosa – de Antonio Ventura”, enfatiza Secchin.
Sobre Antonio Ventura – Antonio Ventura é membro da Academia Riberopretana de Letras e é oriundo da “geração mimeógrafo” dos anos 1970, fenômeno sociocultural que aconteceu após a Tropicália e que buscava meios alternativos para difusão cultural em plena ditadura, época em que viveu no Rio de Janeiro e vendia seus poemas no Teatro Ipanema, publicando-os nas revistas “Rolling Stone” e “Vozes”.
Radicado há mais de 10 anos em Mococa, Antonio Ventura, natural de Ribeirão Preto, é juiz aposentado, fundador e presidente do Grupo Início (que reúne escritores e poetas da cidade de Mococa), coordenador da União Brasileira de Escritores em Mococa e foi diretor de Cultura e Turismo da Prefeitura local. Ganhador do prêmio Governador do Estado de Conto e Poesia, da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, foi crítico de cinema e teatro na revista “Bondinho”.
Em 2011, publicou o livro de poesias “O Catador de Palavras” pela Topbooks, que foi bem recebido pela crítica.
Serviço – A Livraria Cultura fica na Avenida Paulista, 2.073 (Conjunto Nacional), em São Paulo, tel. (11) 3170-4033.
O livro pode ser adquirido nas livrarias Cultura, em São Paulo; Livraria da Travessa, unidades do Rio de Janeiro e Ribeirão Preto; e Livraria Tulipas, em Mococa.
O livro custa R$ 39,00 e pode também ser adquirido no seguinte endereço eletrônico: http://www.topbooks.com.br
(Fotos: divulgação)