Por Maurício Gasparini, presidente do Parlamento Regional Metropolitano da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e vereador em Ribeirão Preto
O último dia 15 de março amanheceu diferente para os colaboradores, os amigos e – claro – também para os familiares do deputado Welson Gasparini; meu pai, meu amigo, meu mentor, meu ídolo, ele sempre será para mim uma referência inabalável de ética, de espírito público e de amor ao próximo. Nunca o vi maltratar ou tratar com desprezo quem quer que seja: para ele, todos somos iguais, independentemente de cor, raça ou condição social.
Pensei que esse dia – no qual ele se despediu da vida pública com a mesma humildade com a qual entrou – jamais fosse chegar!
Nada, acredito, será como antes, pois não mais contaremos, na ALESP, com essa âncora segura na qual sempre pudemos confiar...
Welson Gasparini não foi um político comum, da mesma forma como não foi um pai ou um amigo comum; ele sempre teve um jeito muito especial e indefinível de ser.
Fechou-se assim, gloriosamente, um ciclo de mais de 60 anos de dedicação à causa pública.
Ouvindo o último discurso do meu pai na tribuna da ALESP– que fez questão de exercer o seu mandato na plenitude até o último dia – senti uma emoção inenarrável; vendo e ouvindo-o retrocedi no tempo fazendo um retrospecto de uma vida irretocável desde quando, adolescente ainda, trocou o conforto de Batatais para enfrentar os desafios de uma cidade muito maior. Para Ribeirão Preto veio e venceu tornando-se radialista (inclusive apresentando programas de auditório), jornalista (atuando inicialmente no jornal “Diário de Noticias”, então pertencente à Arquidiocese de Ribeirão Preto), vereador, prefeito por quatro vezes, deputado federal e, por três vezes, deputado estadual. Soube dignificar e valorizar todos os mandatos a ele conferidos.
Ele entendeu – pois ainda tem energia e pique para longas caminhadas – chegada a hora de parar de participar das eleições como candidato. Jamais, entretanto, deixará de participar dos pleitos como cidadão. Conforme costuma dizer “todo cidadão tem não apenas a obrigação como, sobretudo, o dever de participar da política, pois, quando praticada com honestidade, idealismo e competência, é uma das maiores provas de amor ao próximo.”
Para meu pai, meu amigo, meu ídolo, meu mentor e meu exemplo desejo, simplesmente, toda a felicidade do mundo; chegou, afinal, a hora de colher o resultado do plantio ao qual se dedica desde quando veio ao mundo em 01 de dezembro de 1936.
Um exemplo para a própria humanidade que eu pretendo seguir empunhando, sempre, as bandeiras – por ele preconizadas - da lealdade, da honestidade, da generosidade, da ética, da solidariedade e do respeito ao bem comum.
(Foto: divulgação)